CURSO DO TEATRO DE BRECHT

CURSO DO TEATRO DE BRECHT


O Curso do Teatro de Brecht foi uma solução encontrada para além de formar atores e atrizes também dar o suporte necessário às outras áreas técnicas como cenografia, sonoplastia, iluminação, arte e dramaturgia, passando aos participantes as noções básicas da estrutura dramatúrgica.
A didática do curso foi aprimorada por cursos ministrados anteriormente em Taubaté, desde 1981, quando chegou-se ao modelo atual que proporciona uma integração maior na formação entre atores e técnicos, facilitando o entendimento de uma produção teatral.

Normalmente ao fim do curso as técnicas teatrais aprendidas são aplicadas em exercícios de montagem de excertos de espetáculos existentes ou criados pelos próprios participantes com apresentação aberta ao público e convidados.

De 2001 a 2008 foram 25 edições que tiveram a participação de cerca de 4.000 inscritos e a formação de 60 atores, atrizes, autores e técnicos de teatro.

Abaixo alguns instantâneos tirados durante os cursos.



O prenúncio da formação do Núcleo foi em 1989 quando no Barracão do DEC em Taubaté começaram as oficinas de interpretação cênica, dramaturgia e maquinaria teatral que duraram até 1992. Também nesse período foram realizados os primeiros cursos de produção de vídeo, cinema e televisão, preparando atores e técnicos de teatro para as outras mídias.


No período de 1989 a 1992 as oficinas formaram mais de 25 grupos de teatro que participaram das mostras de sketches e das mostras teatrais abertas realizadas pela àrea de Cultura da Prefeitura de Taubaté. Antes da criação do curso de teatro da Escola Fêgo Camargo daqui sairam os primeiros atores e técnicos de teatro profissionais de Taubaté.


Estes participantes das oficinas formaram o Grupo de Teatro Kobaya de Ágatha e apresentaram na 1ª Mostra Teatral de Sketches o espetáculo "Uma Perua Chamada Kombi", escrita e produzida pelos próprios integrantes.







Em sala de aula os participantes aprendiam a estrutura dramatúrgica dos espetáculos, conhecendo o arcabouço teatral e a dialética, promovendo verdadeiros "brain storms" nos debates sobre os temas a serem trasnformados em linguagem teatral.

Momentos de alegria e descontração que precediam a seriedade do trabalho nas oficinas.


Estes jovens formaram a primeira turma do projeto Núcleo do Teatro de Brecht que teve início em 1998 na Associação dos Empregados no Comércio de Taubaté. O curso que teve duração de 6 meses com cerca de 80 participantes ajudou a constituir 3 novos grupos de teatro que montaram e produziram seus espetáculos apresentados no clube e pelos espaços cênicos da cidade.


Em 2001 o Núcleo do Teatro de Brecht passa a fazer parte das atividades culturais da Área de Cultura da prefeitura de Taubaté, com o curso passando a ocupar a sala de teatro da Escola Fêgo Camargo até 2003, quando ganhou uma sala de teatro própria na Escola Emílio Simonetti. Estes participantes da 1ª edição do curso de 2001 passaram a integrar o elenco e o corpo técnico do grupo Acroarte de Teatro.


A partir de 2002 o curso passou a ter 4 edições anuais para dar conta da demanda dos interessados em conhecer mais das técnicas teatrais. Cada turma tinha mais de 200 inscritos como essa que se vê na foto da 2ª edição de 2002 na sala de teatro da Escola Fêgo Camargo.


De 2001 até 2008 o Curso do Teatro de Brecht foi o maior fomentador do movimento teatral de Taubaté. Por ter caráter totalmente gratuito e sem nenhum tipo de critério seletivo todos os participantes poderiam fazer parte das atividades do curso, seja como um interessado direto em seguir uma profissão da área ou apenas como ouvinte ou ainda buscando expandir seus conhecimentos na área artística. Na foto uma das turmas do curso ouve atentamente o diretor João Angelo Guimarães fazendo uma preleção sobre teatro e os caminhos da profissão.

Ao final de cada edição do curso os participantes formavam grupos de trabalho conhecidas no curso como "panelinhas", verdadeiros embriões de grupos de teatro para montarem excertos de espetáculos, cenas de peças teatrais já conhecidas. Como eram muitos os participantes muitas edições do curso tinham mais que 10 panelinhas com cerca de 10 a 12 integrantes cada uma. Aqui um dos grupos de trabalho apresentando seu "TCC".

Depois de cada apresentação os grupos de trabalho debatiam com os outros participantes do curso sobre o espetáculo escolhido, a linha desenvolvida na montagem, o perfil psicológico dos personagens, a ação lógica e ouviam as críticas sobre os erros e acertos do trabalho.

Praticamente as "panelinhas" formadas durante a edição dos cursos continuavam depois como grupos de teatro que vieram a fazer parte dos eventos do Núcleo do Teatro de Brecht, montando espetáculos que se apresentaram nas Mostras Teatrais de Sketches e nos Episódios Teatrais.

Como sugere o nome do projeto e do curso os participantes desenvolveram seus trabalhos na dialética brechtiana, não se configurando precisamente um trabalho no estilo Brecht. Outras vertentes teatrais como a de Stanislawsky também fazem parte do trabalho do ator como a catarse aristotélica, entremeada com um estilo mais brasileiro e popularesco para atrair novas platéias não acostumadas com o ritmo teatral.

Um comentário:

  1. Gostei muito do trabalho de voces! sou estudante de historia e atualmente estou pesquisando os textos de brecht e suas contribuições para o historia.

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